E pra abrir com chave de ouro (olha eu trocando os ditados, rs), eu não poderia começar isso aqui com outra pessoa que não fosse a Raquel de Morais, uma amiga muitíssimo querida e que sempre tá lá pra me ouvir falar de Kol e John Mayer. Então, let's go!
- O porquê?
Raquel: Eu acho que música é questão de identificação. No caso do RHCP, nem sempre eu me identifico com as letras: é o som que me encanta. É uma reciclagem de músicas sempre. Admiro muito essa capacidade de renovação, esse dinamismo que se perde em bandas mais antigas, mas com eles, não; essa habilidade que eles têm de chegar lá e “pá”, soltar aquele som na hora e você pensa que eles desenharam tudo aquilo milimetricamente. Eu não quero ver um show ali no Youtube ou em DVD e um dia (se Deus quiser) ir ao show deles e ver/ouvir a mesma coisa. Não gosto dessa automação dos shows (da vida em geral, aliás) de muitos desses artistas mais novos.
- O que te faz querer mostrar a banda para outras pessoas?
Raquel: Pensando bem, eu não sinto muita vontade de mostrar a banda para as pessoas. Eu prefiro encontrar alguém que já conheça a banda para que eu possa fazer aquela discussão filosófica sobre as músicas. Pena que isso nunca acontece e os amigos mais chegados (tipo Carol que entende muito desses feelings) têm de ouvir meus longos discursos ‘peppéricos’. Mas é claro que eu incentivo algumas poucas pessoas que eu acho que merecem ouvir (risos).
- Melhor álbum? Porque?
Raquel: Stadium Arcadium. É uma síntese que traz desde o funk rockeado de 1983 até o som mais leve que eles passaram a tocar por volta de 1999. Acho que é a fase de maior harmonia entre John , Flea, Chad e as letras de Anthony. Mas, assim como a música isolada, cada momento tem um álbum que se adequa mais. Por exemplo, ultimamente eu estou ouvindo muito o By the way que é o mais leve, mais me(loso)lódico. No entanto, o Stadium é o meu amor.
Capa do Stadium Arcadium |
- Melhor Videoclipe? Porque?
Raquel: Apesar de não ser minha música preferida nem de longe, acho que o melhor clipe é Dani California. É uma homenagem aos grandes nomes do rock e aos grupos que os influenciaram. Além de ser bom por isso, ficou divertido e bonito.
- Música favorita. Porque?
Raquel: Se eu disser hoje que é uma, amanhã é outra. Tem a favorita de cada momento, mas acho que varia mais entre Don’t forget me, Around the World e Wet sand. Around the world foi a minha primeira paixão, porque não existe linha de baixo mais viajante que essa e eu hei de aprendê-la um dia. Ela me deixa eufórica. Wet sand e Don’t forget me são o auge de John Frusciante para mim. Don’t forget me diz assim “Make the hair stand up on your arm’ uma coisa do tipo ‘faz você arrepiar’ e é isso que eu sinto quando eu as ouço.
Around The World:
Don't Forget Me:
- Um orgulho.
Raquel: Eu percebo que muita, mas muita gente mesmo, fala que se interessou em aprender a tocar algum instrumento por causa do RHCP. Especialmente o baixo, que é a “cara” da banda. Não é um instrumento que você vê muita gente falando que quer aprender, que gosta. Tem gente que até confunde baixo com guitarra! Então eu acho linda essa influência.
John Frusciante |
. Alguns shows:
Lives La Cigale (Paris 2006) com John Frusciante
Lives La Cigale (Paris 2011) com Josh Klinghoffer
. Alguns vídeos e músicas:
Can’t Stop (2003)
Look Around (2012)
Did I Let You Know? (feito por fãs - 2012)
This Velvet Glove (Californication)
Snow (Stadium Arcadium)
Suck My Kiss Cover Mamonas Assassinas
Soul to Squeeze (1993)
. Imagens favoritas:
Chad no Brasil |
John Frusciante |
Anthony Kieds |
Off the map |
Antiga formação com Cliff Martinez e Hillel Slovak |
John Frusciante |
Anthony e Flea |
Anthony e John |
E aí, depois dessa entrevista deu vontade de ouvir RHCP loucamente? Porque eu já estou adicionando umas na playlist.
beijos
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